Os Instrumentos Mortais - Cidade de Vidro e Cidade dos Anjos Caídos

Decepcionante em dose tripla

O primeiro livro da série foi bom. O segundo angustiante. O terceiro de partir o coração. O quarto decepcionante.

 Em "Cidade de Vidro" as aventuras de Clary atingem o clímax da história. Quando o leitor pensa que as coisas finalmente irão se resolver... Vem a surpresa e, logo em seguida, a angústia. Os perigos aumentam e o romance - sempre acompanhado do sofrimento ardente de Clary e Jace - também. No terceiro livro da série Os Instrumentos Mortais, Clary finalmente vai à tão adorada e famosa Idris, a cidade dos Caçadores de Sombras - mesmo sendo impedida anteriormente por Jace.
 Lá, tudo que ela esperava encontrar vai por água abaixo: seus amigos não a recebem calorosamente e a menina tem sua tentativa de salvar a mãe, frustrada, ao encontrar morto o único feiticeiro que poderia salvá-la.

 E apesar de mal ter tempo para respirar, Clary e Jace ainda descobrirão, juntos, segredos mais profundos do que esperavam encontrar. Segredos que os uniriam de maneira inimaginável e que provariam com maior consistência o quão maligno e insano é Valentim - apesar de que, se o leitor prender a atenção aos pormenores, desde o primeiro livro, é perfeitamente capaz de deduzir a "grande surpresa" com facilidade.

 Devo dizer que, deveria ter suspendido minha leitura da série neste terceiro livro. Quem for ler - ou quem já leu - pode confirmar isso: a historia poderia ter terminado em "Cidade de Vidro". E teria terminado muito bem se tivesse parado por ai. Mas, não parou; Cassandra Clare quis acrescentar mais três livros à sua trilogia original - fato que, para mim, estragou com aquela trama encantadora.

  O que "Cidade de Vidro" tem de relativa perfeição, "Cidade dos Anjos Caídos" tem de profundamente decepcionante. Tanto que, minha empolgação para permanecer lendo esvaiu-se completamente. Perdi a vontade de ler e direi os motivos.

 Em primeiro lugar o romance de Clary e Jace torna-se tão doce - e enjoativo, para nao dizer clichê - que beira o exagero, pior que romance de segunda linha. O quarto livro tem como característica principal o melodrama - sem citar o fato de que é um romance totalmente "água com açúcar".

 Em segundo lugar, o que mais me irritou até o último fio de cabelo foi o modo forçado com o qual Cassandra tentou fazer com que o romance de Clary de Jace continuasse com aquele ar de impossível e proibido. CHEGA, CASSANDRA. Os dois já sofreram por três livros; não há motivo para prolongar. Aliás, ficou feio; evidentemente e indubitavelmente forçado e anti-natural. Até me permito dizer que saiu pior que a encomenda.

 E o terceiro e último fato, é o subterfúgio - ou seja, o pretexto evasivo de desvio - que a história sofreu. Até parece que nem é Clary a personagem principal, e sim Simon, seu melhor amigo, recentemente transformado em vampiro. Confesso que não faz mal a ninguém desviar um pouco o foco para os personagens coadjuvantes, desde que isso seja feito propositadamente e profissionalmente, e não como uma mera e visível tentativa de enrolar - mais ainda - o enredo.

 Por fim, declaro que Cassandra Clare errou não uma, mas três vezes, me decepcionando em dose tripla. Vou continuar com a leitura dos próximos livros, apenas porque não sou capaz de largar as coisas pela metade. Não lerei os próximos livros com vontade, e muito menos com empolgação.

Título: Cidade de Vidro/ Cidade dos Anjos Caídos
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 476/ 364
Nota da leitora: 3 estrelas/ 2 estrelas

2 comentários

  1. Aii eu queria tanto estes livros mas agora fiquei com o pé atrás D: tbm não curto muito romances exagerados..Vou colocar outros livros que eu quero na frente então rsrs Boa resenha,parabéns pelo blog ^^

    Beijoos

    http://cantinhodatitania.blogspot.com

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    1. Não fique com um pé atrás! haha é importante ler para ter uma opinião.
      Obrigada!
      Beijos

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